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Fundamentos da Educação e Educação a Distância

Abaixo alguma das atividades elaboradas nesta disciplina.

 

A primeira atividade proposta era baseada na elaboração de um texto sobre as tecnologias que poderão ser mais utilizadas nos próximos anos.

 

Para subsidia a elaboraçao do texot, utilizamos como base teórico o documento Horizon Reports relacionado a Educação Básica (link) e ao Ensino Superior (link)

 

O tema no qual escolhi foi MOOCs: Cursos On-line Abertos de Massa (Ensino Superior)

 

Paloma Alinne A. Rodrigues Ruas

 

Um dos temas presentes no Horizon Report: Edição Ensino Superior de 2013 são os Cursos On – line Abertos de Massa, conhecidos atualmente como MOOCs, sendo o seu acrônimo conhecido como Massive Open Online Course.
O Horizon Report: Edição Ensino Superior (2013) relata que o termo MOOC foi criado por Stephen Downes e George Siemens em 2008, e que para eles o grande diferencial do MOOC estava em possibilitar um curso utilizando como instrumento a web para milhares de pessoas.

Para Mcauley (2010) o MOOC é definido como um curso on line que possibilita ao usuário ter uma inscrição aberta, compartilhando publicamente seu currículo e que integra diferentes recursos como redes sociais, wiki, blogs, youtube, fórum, lista de discussão e tanto outros recursos que a internet disponibiliza.
Para participar de um MOOC basta ter acesso a internet e interesse pelo curso escolhido. Similar a um curso regular, os alunos possuem um cronograma pré-definido e conteúdos semanais para estudo; e há cursos onde a emissão e envio do certificado são cobrados.
Ao longo dos anos os MOOCs ganharam proporções cada vez maiores, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), por exemplo, tem vários MOOCs que ultrapassaram os 100 milhões de visitas. Além do MIT há outras instituições internacionais que aderiram a esse tipo de ensino como a: edX, Coursera, Udacity, UniMooc; já no cenário brasileiro tem-se a Veduca, E-aulas USP, Unesp Aberta e o MOOC sobre Tutoria em EaD.
De acordo com o Horizon Report: Edição Ensino Superior (2013) respeitáveis líderes consideram que  a essência presente na definição inicial do conceito de MOOC, proposta por Downes e Siemens em 2008, foi perdida. O primeiro MOOC implementado por eles - no Canadá contou com a participação de 1200 pessoas - considerava o conhecimento como uma atividade contínua, sendo construído pela rede de colaboração e participação dos indivíduos que estavam realizando o curso.
Neste sentido, o Horizon Report: Edição Ensino Superior (2013) alerta que ao implementar algum MOOC é necessário ter certos cuidados, uma vez que há MOOCs com métodos pedagógicos ultrapassados que relembram o tradicional cenário de sala de aula com o predomínio do repasse de informações.
A teoria de aprendizagem que fundamenta os MOOCs é o Conectivismo, termo cunhado por Siemens. O foco desta teoria está em explicar como se dá a aprendizagem em uma era repleta de tecnologia. Esta teoria, também parte do principio de que o conhecimento está em constante transformação e, que as respostas de hoje já não serão as mesmas de amanhã (SIEMENS, 2004). É importante lembrar que, a teoria de aprendizagem Conectivista surgiu a partir da análise das teorias de aprendizagem já existentes sendo elas, o Behaviorismo, Cognitivismo e o Construtivismo.
Mota (2009) em sua dissertação de mestrado - “Da web 2.0 ao e-learning 2.0: Aprender na rede” – faz uma excelente discussão sobre o conceito de Conectivismo. Ao longo da discussão o autor apresenta a tradução de uma tabela presente em um dos artigos de Siemens que expõe as características principais das teorias de aprendizagem, inclusive as relacionadas ao Conectivismo (Tab.1).
Tabela 1: Teorias da Aprendizagem de acordo por Siemens e, traduzido por Mota (2009).

A teoria Conectivista estabelece um diálogo interessante com os MOOCs já que, por meio dela o aluno pode desenvolver sua autonomia, há uma maior diversidade entre os participantes e um alto grau de diversidade e interação. Logo, observa-se que dentro deste cenário não há espaço para que o estudante tenha uma postura passiva, mas de construir sua aprendizagem colaborativamente com os pares.
Sob essa perspectiva, o Horizon Report: Edição Ensino Superior (2013) destaca que, com a grande proliferam dos MOOCs a esperança é que haja a criação de novos instrumentos tecnologicos para potencializar tanto a aprendizagem quanto a avaliação do aluno dentro desses ambientes virtuais.  
O MOOC possui um grande potencial para alcançar um número expressivo de pessoas em tempos e lugares diferentes. Sendo assim, é fundamental atentar-se as discussões sobre essa temática, uma vez que por meio delas há o compartilhamento de diferentes estratégias que possibilitará a implementação de novas propostas.


Referências Bibliográficas
MACKNESS, J.; MAK, S. F. J.; WILLIAMS, R. The Ideals and Reality of Participating in a MOOC. The Ideals and Reality of Participating in a MOOC, [S.l.], 2010.
MOTA, J. C. Da web 2.0 ao e-learning 2.0: Aprender na rede. [S.l: s.n.], 2009. Disponível em: https://repositorioaberto.uab.pt/bitstream/10400.2/1381/1/web20_e-learning20_aprender_na_rede.pdf  Acesso em: 30 Out. 2013.
Horizon Report: Edição Ensino Superior (2013). Disponível em: http://www.nmc.org/pdf/2013-Horizon-Report-HE-PT.pdf Acesso em 29 Out. 2013
SIEMENS, G. Conectivismo. Uma Teoria de Aprendizagem para a Idade Digital. Disponível em: http://usuarios.upf.br/~teixeira/livros/conectivismo%5Bsiemens%5D.pdf Acesso em 30 Out. 2013.

 

 

Em outra atividade fomos convidados a aprofundar os nosso conhecimentos sobre a temática anterior, por isso em dupla continuamos a pesquisar e entender melhor o conceito de MOOCs, mas agora utilizando outros referenciais teóricos e pensando em uma perspectiva do uso dos MOOCs para a formação de professores.

 

 

 

A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DE FÍSICA POR MEIO DO MASSIVE OPEN ONLINE COURSES (MOOC)

 

                                                                Paloma Alinne Alves Rodrigues

      Verónica Andrea Peralta Meléndez Molina

Introdução

 

 A possibilidade de trocar informações, compartilhar fotos, dialogar em tempo real, realizar compras pela internet, assistir vídeos no Youtube, acessar as redes sociais, entre tantas outras coisas, faz com que a cada dia a web 2.0 ganhe novos adeptos. Em virtude das suas facilidades, a tecnologia é um elemento cada vez mais presente na vida das pessoas. Contudo, o seu uso não está relacionado somente ao seu poder interativo, mas também a disseminação do conhecimento e a democratização do ensino.

Em relação a isso podemos citar a Educação à Distância (EaD),  que é uma modalidade de ensino, na qual propicia a pessoas que estão em lugares distantes ou que carecem da construção de novos saberes, mas não dispõe de um tempo significativo, ter acesso a formação inicial ou continuada.

 Ao longo dos anos, tanto as instituições privadas quanto públicas tem investido em cursos nesta modalidade. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os cursos de graduação credenciados pelo Ministério da Educação (MEC), passaram de 5.287 matrículas, no ano 2000, para 838.125 matrículas em 2009.   

Com a disseminação do conhecimento por meio da tecnologia, destaca-se os Massive Open Online Courses (MOOCs), que são definidos como cursos on line que possibilitam ao usuário ter uma inscrição aberta e que integra diferentes recursos como redes sociais, wiki, blogs, youtube, fórum, lista de discussão e tanto outros recursos que a internet disponibiliza (MCAULEY et.al,2010).

Neste trabalho temos o objetivo de explorar o conceito e a finalidade dos MOOCs analisando as suas contribuições para a formação continuada dos professores de Física. Sabemos que o processo de ensino e aprendizagem de Física resume-se à memorização de conceitos e expressões matemáticas. No entanto, o contexto atual solicita que o professor construa e implemente novas estratégias metodológicas e crie possibilidades para desenvolver a autonomia do aluno e para a construção do seu conhecimento. Sendo assim, a partir deste momento temos o intuito de apresentar considerações sobre o conceito de MOOC; (b) analisar a possibilidade da formação de professores de Física por meio dos MOOCs.

 

Massive Open Online Courses (MOOCs)

 

Definido pelas iniciais M - Massive; O - Open; O - Online; C – Course; os MOOCs são cursos em que não há limite de inscrição, permitindo a participação de milhares de pessoas de qualquer parte do mundo ocorrendo de forma aberta, sendo que os materiais estão disponíveis em rede, podendo ser modificados, ampliados e mesclados pelo grupo que participa do curso  e em grande parte são isentos de custo.

O New Media Consortium (NMC), entidade focada em distribuir as principais tendências de mídia, comunicação e educação e o Horizon Report, um dos braços do NMC Horizon Project de pesquisa sobre tecnologias emergentes declaram que os cursos online abertos de massa tiveram uma boa procura em 2012 e espera-se que cresçam cada vez mais em número e em importância nos próximos anos.

Com relação ao tema da pedagogia dos cursos, há a possibilidade de que o trabalho cooperativo online seja transferido para a sala de aula, além do nascimento de uma nova corrente pedagógica conectivista na reflexão sobre a educação e as tecnologias.

A teoria pedagógica que fundamenta os MOOCs é o Conectivismo, sendo este:

“[...] um modelo de aprendizagem que reconhece as mudanças tectônicas na sociedade, onde a aprendizagem não é mais uma atividade interna e individual. O modo como a pessoa trabalha e funciona são alterados [sic] quando se utilizam novas ferramentas”. (SIEMENS, 2004, p.8)

           

            Segundo Siemens(2004) no conectivismo a aprendizagem é definida como conhecimento acionável podendo  residir fora de nós mesmos ( dentro de uma organização ou base de dados), é focada em conectar conjuntos de informações especializados e as conexões que nos capacitam a aprender mais são mais importantes que nosso atual conhecimento.

Os MOOCs integram três elementos bases na sua concepção/realização: a conectividade através das redes sociais; a expertise, em determinada área, de quem ministra o curso e as opções de recursos online abertos e gratuitos. Além disso, os estudantes do curso, que participam de forma ativa e organizada, a partir de seu conhecimento de mundo, habilidades e interesses. A interação entre esses atores deve ser coletiva e considerar a formação colaborativa, em que não apenas se interage com o professor, que tem uma turma muito maior de alunos para os quais ministra sua aula.

            Para autores como Mackness et.al. (2010) os cursos baseados no  conectivismo possuem determinadas características como: instigar a autonomia do aluno - permite aproveitar ao máximo as possibilidades de escolher onde, quando, como, com quem e o que aprendem;   a diversidade -que garante que o aprendiz pertence a uma população suficientemente diversa para evitar o pensamento de grupo e a desinformação;  o grau de abertura (openness) - que inclui todos os níveis de compromisso, sem barreiras entre que/quem está dentro ou fora, instigando assim,o compartilhamento de conhecimento; e por último a conectividade e interatividade é o que faz que tudo seja possível, pois o resultado emerge como um resultado de conexões.

No Horizon Report 2013: edição Ensino Médio, há uma lista de cursos on-line abertos de Massa que estão sendo aplicados em todo o mundo: Learning from Data da Caltech; Games MOOC; Construtor de Cursos Abertos do Google; Curso Aberto para Educadores (Carreira e Educação Técnica 230: Tecnologia Educacional) e unX.

Já no contexto brasileiro no ano 2013 houve o lançamento do primeiro MOOC, chamado MOOC Língua Portuguesa, idealizado pelo professor João Mattar, oferecido para aproximadamente 5.500 inscritos. Em junho de 2013, a Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Veduca lançaram o primeiro MOOC de Ensino Superior com o curso de Física Mecânica Básica e Probabilidade e Estatística, com 14.000 inscritos.

Também em outubro de 2013, foi lançado o curso Web 2.0 e Redes Sociais em Educação, com o objetivo de gerar a compreensão de como as ferramentas da Web 2.0 e as Redes Sociais podem ser utilizadas em educação  e em novembro, foi lançando o curso MOOC Tutoria com 1.748 inscritos pelo professor João Mattar.

Segundo o Horizon Report 2013: edição Ensino Médio, os avanços relacionados com a sala de aula e a aprendizagem online enfatizam a aprendizagem personalizada, estilo esse muito interessante, mas já em suas formas atuais como os MOOCs, permitem que os alunos de todas as idades, rendas, e níveis de ensino participem de uma grande variedade de cursos sem estarem matriculados em uma instituição física. Os MOOCs mais efetivos fazem uso criativo de uma variedade de estratégias de ensino e, frequentemente, alavancam multimídia para demonstrar temas complexos.

A partir do exposto, consideramos que os MOOCs configuram-se como uma excelente ferramenta para propiciar aos professores de Física cursos dinâmicos e que os auxiliem a construir um novo fazer pedagógico. Desse modo, o próximo tópico será destinado a uma breve reflexão sobre a relação da formação dos professores de Física e os MOOCs.

 

MOOCs e a Formação Continuada de professores de Física

 

  A prática pedagógica dos professores de Física está fundamentada na transmissão de conteúdos, ou seja, o professor comunica aos seus alunos informações especializadas e, aos alunos, cabe então assimilá-las por memorização (KUARK &MUNIZ, 2008 p.24).

Contudo, ao utilizar as redes sociais, wikis, animações, simulações, jogos no cotidiano escolar, o professor passará a trabalhar de maneira construcionista, ou seja, quando o aprendiz esta engajado em construir um produto de significado especial, que possa ser mostrado a outras pessoas e, portanto, sugere uma forte relação entre projetar e aprender (MALTEMPI, 2008, p.155).

Para articular esses instrumentos ao seu plano de aula “não é necessário que um professor torne-se especialista em informática [...]” (PERRENOUD, 2000, p.134), mas que ele tenha uma formação que o auxilie a construir estratégias didáticas que valorizem a potencialidade desses instrumentos.

Os Padrões de Competência em TIC para Professores elaborado pela Unesco (2009) alerta que o professor do século XXI necessita construir diversas competências, entre elas destaca-se: o uso de ferramentas tecnológicas básicas e complexas; gerenciar o uso de recursos tecnológicos, individualmente, e com pequenos grupos de alunos e usar os recursos das tecnologias para melhorar sua produtividade.

 Nesse sentido, os MOOCs surgem como uma interessante proposta de formação, pois propiciam aos usuários do curso o uso de diferentes recursos wiki, blogs, youtube, fórum, lista de discussão entre outros. E ao ter um contato mais próximo e prático com esses recursos, o professor poderá refletir sobre a articulação deles em seu plano de aula; e como a teoria de aprendizagem que fundamenta os MOOCs é o Conectivismo, o professor compreenderá como se estabelece a aprendizagem em uma era repleta de tecnologia. 

 

Conclusão

 

As tecnologias possibilitam profundas mudanças e melhorias no processo de ensino e aprendizagem. Mas, para que isso aconteça, é necessário que ela esteja presente em sala de aula e que o professor tenha subsídios para articulá-la de forma significativa ao seu plano de aula. Por isso, consideramos que a formação continuada é um elemento imprescindível para propiciar ao professor novas perspectivas de ensino.

Quando está formação é oferecida por meio do MOOC a troca de conhecimento com outros profissionais, a discussão em fóruns e a realização de diferentes atividades, que fazem uso dos mais vários recursos tecnologicos, fará com que esse profissional comece a refletir sobre a sua prática e aprimore o seu fazer pedagógico.

E a partir desta tomada de consciência, o professor de Física será levado a propor atividades que valorizem a resolução de problemas, que desenvolvam o protagonismo do aluno e que permitam ao aluno ter ideias inovadoras e a construir novos conhecimentos por meio de trabalhos colaborativos e participativos.

 

 

 

Referências Bibliográficas  

 

JOHNSON, L.; ADAMS BECKER, S.; CUMMINS, M.; ESTRADA, V.; FREEMAN, A; LUDGATE, H. (2013). NMC Horizon Report: Edição K12 2013. Tradução para o português pela Ez2translate. Austin, Texas: The New Media Consortium. Disponível em: <http://www.nmc.org/pdf/2013-horizon-report-k12-PT.pdf> Acesso em: 25/11/ 2013

 

KAUARK,F; MUNIZ,I. Motivação no ensino e na aprendizagem:competências e criatividade na prática pedagógica.Rio de Janeiro:Wak Editora,2008.       

 

KENSKI, V. M. Tecnologias e tempo docente. Campinas: Papirus, 2013

 

MALTEMPI, M.V.Prática Pedagógica e as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) In: PINHO, S.Z Oficinas de Estudos Pedagógicos: Reflexões Sobre a Prática do Ensino Superior.São Paulo: Cultura Acadêmica: UNESP/Pró – Reitoria de Graduação, 2008

 

MACKNESS, J.; MAK, S. F. J.; WILLIAMS, R. The Ideals and Reality of Participating in a MOOC. The Ideals and Reality of Participating in a MOOC, [S.l.], 2010

 

MCAULEY, A. et al. The MOOC for digital online courses:digital ways of knowing andlearning. [S.l: S.n.], 2010. Disponível em: <http://www.edukwest.com/wpcontent/uploads/2011/07/MOOC_Final.pdf> Acesso em: 25  Nov. 2013

 

PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Tradução: Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artmed,2000.

 

SIEMENS, G. Conectivismo. Uma Teoria de Aprendizagem para a Idade Digital. (2004) Disponível em: http://usuarios.upf.br/~teixeira/livros/conectivismo%5Bsiemens%5D.pdf Acesso em: 25  Nov. 2013

 

UNESCO. Padrões de competência em TIC para professores: módulos de padrão de competência. Trad. Cláudia Bentes David.(2009). Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0015/001562/156207por.pdf>.  Acesso 25  Nov. 2013

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